Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de março de 2009

Rio de Ossos e Pedras

(...) rio menino eu saltava
Saltei até encontrar
as terras fêmeas da Mata.(...)
F.Gullar.

terra das ramas secas de orvalho
o rio na lembrança dos mais velhos
são memórias dos antepassados

o vento aqui é invisível ou leve
sopro das narinas de um dragão
o caminho queima seco e duro
o sol urtiga que queima o chão

espantalhos do nada enraizamos
na terra a esperança em cactos
seco corre o rio nas linhas das mãos
procissão fé novenas e pactos

moldando em espinhos o orgulho
só a volta para farinha da rocha
é a única certeza real desse torrão

Um comentário:

  1. O sertão retratado de forma diferente!
    o poema é rico em imagens .Parabéns!

    ResponderExcluir