Pesquisar este blog

terça-feira, 24 de maio de 2011

Entre a Cruz e a Espada


...



As paixões são os ventos que enfunam as velas dos barcos,
elas fazem-nos naufragar, por vezes, mas sem elas,
eles não poderiam singrar.
-- Voltaire,

>. . .

Nas
noites de fogueira e vinho nas praias
fumaça sem rumo ou folhas descendo o rio
penas ao vento... ágil leve silenciosa como leque
a flâmula das caravelas espanholas anunciando a morte.
Nos
últimos dias nas ruelas da aldeia
nem todos os nativos estavam mortos
de espada nas mãos com a ira do ódio
marchávamos sobre os corpos com ambição.
Os
corpos violados das mulheres e crianças
chocam-se decapitados. Em nosso peito cristão
balançava um crucifixo de um Cristo envergonhado...
Outras
ilhas sucumbiram a esquadra cega pela rapinagem
segue o prumo, quantos mares de sangue, paixão
e lágrimas, ainda teremos que singrar sem piedade?

Nenhum comentário:

Postar um comentário