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terça-feira, 24 de maio de 2011

para que suas garrafas não encalhem na areia

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Um poeta
tem mistérios que as mãos
não tocam
sentem sem os sentidos
os sons das letras num sopro.
São raízes que se ligam
por alguns
outros passam ignóbeis
ignorando a mensagem...
um poeta precisa
para que suas garrafas
não encalhem na areia
dos que orem em poesia
com a mesma fé
dos tombos que o vento
dá nas arvores, rachando
verbos e sementes
para que assim também alcance
momentos de poesia e êxtase
os que nela mais futucam.

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