Quando o realejo de pã
do amolador de tesouras
tocava uma vez por ano
na ponte do povoado
o alumínio dos peixes no rio
brilhava como o sol
tirando faíscas dos lumes
o som da pedra zinia no esmeril
despertava uma nuvem de cigarras a ziziar
e a primavera como um véu leve trazia a esperança
era a luz que faltava para as tesouras cegas da aldeia
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