Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O REALEJO DE PÃ

Quando o realejo de pã
do amolador de tesouras 
tocava uma vez por ano
na ponte do povoado
o alumínio dos peixes no rio
brilhava como o sol

tirando faíscas dos lumes 
o som da pedra zinia no esmeril

despertava uma nuvem de cigarras a ziziar

e a primavera como um véu leve trazia a esperança
era a luz que faltava para as tesouras cegas da aldeia

Nenhum comentário:

Postar um comentário