Oferenda
Ele
na partida
carrega nos olhos a morada
não pôde ser árvore
foi ser navio
A casa
que já coagulava
amarga a dor da solidão
no brio.
Netuno
deus das tempestades
bradou nas ondas do mar:
- vem escravo de baco!
Oceano,
o pai de todos os seres
te espera
Oceano
de lança em punho,
filho do Urano
agradece aos outros deuses
o sacrifício posto
sobre o fogo de seu altar
Ele
num dia sem orvalho
do pó
mistura-se ao sal do mar.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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