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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Respondendo a Neruda II

O que diz a velha cinza
quando caminha junto ao fogo?


È de sua juventude
que aqueço minhas memórias


Por que choram tanto as nuvens
e cada vez são mais alegres?


Por voarem abaixo do feliz
azul do céu


Onde encontrar um sino
que soe dentro dos teus sonhos?


Na torre
da esperança


Quando o preso pensa na luz
é a mesma que te ilumina?


A luz da liberdade
é a mesma para todos


Por que o chapéu da noite
voa com tantos furos


Os astros e estrelas
não deixam que ela fique sem luz


Porque é tão dura a doçura
do coração da cereja?


Para que não seja destruída
sua semente


Por que detesto as cidades
que cheiram a mulher e urina?


Pelo arrependimento
do passado


Onde está o menino que fui
segue dentro de mim ou se foi?


Há sempre na memória
o perfume da infância


Por que vou rondando sem rodas
e voando sem asas nem plumas?


O trasporte
são teus sonhos


Que aprendeu a árvore da terra
para conversar com o céu/


Que homens são mais perigosos
que cupins

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