O mar visto da pedra onde estou
transborda pelas manhãs
de peixes e pássaros
não eram minhas as mensagens
que recebia em garrafas na praia
mas com o tempo foram sendo...
fiz verdades em garrafas de outros.
Eu, que nunca tive um Deus,
com quase meio século
descubro ser o meu Deus
o mar.
Temperamental e traiçoeiro
às vezes manso como um cordeiro
dissolve-se em sal no azul do céu
enquanto gaivotas, voam penas
feito folhas.
Ateei fogo ao passado
para dormir em travesseiros de cinzas
e da ilha dos sonhos
nunca mais voltar
Engolido pelo pôr do sol
Esse poema é pura poesia!
ResponderExcluirCalaça vc é fera mesmo irmão!!