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domingo, 28 de junho de 2009

Insana

escuto sinos
de uma fabrica fantasma
de tecidos para as vestes de freiras virgens
sinos
molhados sons roucos
gregorianos temperando as gargantas
enquanto isso ao longe
mergulha parte de si a lua nova
no rio de nevoa densa e caudalosa

o rio que perdeu a força
assiste peixes fingindo ser muitos
no frio do pátio da igreja
ringe o piso cravado pelos saltos dos seus sapatos
proibida de entrar na nave depois de ter beijado
o padre na boca com o batom ameixa vencido
a louca, cumpre sua sina
o pecado é rupestre antigo
esse povo que não acorda a inocência nem na neblina
não vê a beleza leitosa e insana dessa cidade...

2 comentários:

  1. adorei você pra mim é um dos melhores desse século,ju

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  2. gostei muito desse kra mas uma pergunta isana e
    satuba? porque e muito parecido principalmente quando chove. ai veio cantando a terrinha. abraços

    e

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