escuto sinos
de uma fabrica fantasma
de tecidos para as vestes de freiras virgens
sinos
molhados sons roucos
gregorianos temperando as gargantas
enquanto isso ao longe
mergulha parte de si a lua nova
no rio de nevoa densa e caudalosa
o rio que perdeu a força
assiste peixes fingindo ser muitos
no frio do pátio da igreja
ringe o piso cravado pelos saltos dos seus sapatos
proibida de entrar na nave depois de ter beijado
o padre na boca com o batom ameixa vencido
a louca, cumpre sua sina
o pecado é rupestre antigo
esse povo que não acorda a inocência nem na neblina
não vê a beleza leitosa e insana dessa cidade...
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adorei você pra mim é um dos melhores desse século,ju
ResponderExcluirgostei muito desse kra mas uma pergunta isana e
ResponderExcluirsatuba? porque e muito parecido principalmente quando chove. ai veio cantando a terrinha. abraços
e